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Após algumas tentativas consegui saber o que o governador de Minas Gerais pensa sobre a crise financeira, e reproduzo abaixo a entrevista enviada pela assessoria de comunicação nacional do PSDB com as palavras de Aécio Neves.

Aécio Neves recomenda cautela diante da crise Governador garante que Minas manterá investimentos

Por William Volcov

O governador Aécio Neves, apesar da crise financeira que ameaça mercados em todo o mundo, trabalha para manter os investimentos previstos e garantir o crescimento de Minas Gerais, ao mesmo tempo em que recomenda cautela. Para o governador, os investimentos públicos podem atenuar a desaceleração de iniciativas que deixarão de ser realizados por empresas privadas.
De acordo com Aécio Neves, em 2009 o estado terá R$ 11 bilhões para investimentos diretos em diversas áreas. E diante do cenário internacional nebuloso, diz que é muito importante o esforço para não gastar com supérfluo. Mas sim qualificar ainda mais a máquina pública em busca de maior eficiência.

E avisa: “estamos fazendo avaliações permanentes sobre a crise. É hora de muita cautela, muita seriedade por um lado, e de muita serenidade para administrarmos da melhor forma possível”. A seguir, a íntegra da entrevista do governador Aécio Neves ao site do PSDB.

1- A crise internacional ameaça várias economias e começa a contaminar a economia real Pesquisa da FGV revela que o preço dos alimentos subiu, sem motivos climáticos. O governo federal revê planos e pode reduzir os investimentos no PAC. No seu Estado o que está sendo revisto e quais os planos de investimento e custeio para 2009?

A proposta orçamentária de Minas para 2009, que está em tramitação na Assembléia Legislativa, prevê receitas e despesas no valor total de R$ 38,978 bilhões, dos quais R$ 11 bilhões serão investimentos diretos em diversas áreas. O orçamento do estado desde 2004 tem sido extremamente realista. Temos metas semestrais de alcance de resultados em todas as áreas de governo, na educação, saúde, segurança, meio-ambiente, obras, transportes, etc. O orçamento obedece, portanto, um rigoroso controle na execução do gasto. Os R$ 11 bilhões previstos para investimentos em 2009 estão integralmente mantidos. Esse é o maior valor já investido em Minas Gerais em um ano.

2- O PSDB está preocupado com a crise e governadores e prefeitos do partido já estão anunciando medidas para enfrentá-la. Quais ações já foram adotadas por Minas Gerais?

Estamos fazendo avaliações permanentes sobre a crise. Anunciamos esta semana um conjunto de medidas que prevêem a criação de uma linha de crédito de R$ 200 milhões para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos, através do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Anunciamos ainda um acréscimo de R$ 20 milhões ao Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico de Minas para pequenas e médias empresas. Também ampliamos, no Programa Empresa Mineira Competitiva, o limite de financiamento do capital de giro de cada empresa de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.

Nos tributos, decidimos ampliar o prazo de recolhimento do ICMS. Entre dezembro de 2008 a abril de 2009, as empresas poderão optar por pagar o imposto integralmente e sem acréscimo até o dia 26 de cada mês; e não mais nos dias 9 ou 15, como é atualmente. Além disso, o recolhimento poderá ser parcelado. As empresas terão ainda mais facilidades para usar ou transferir o crédito acumulado de ICMS para o pagamento de débito.

3- Alguma ação prevista em seu Plano de Metas fica comprometida ou será suspensa em função da crise?

É exatamente neste momento de crise econômica que a qualidade na gestão pública se torna ainda mais importante. Há seis anos o governo do estado não mantém qualquer programa ou ação que não tenha recursos assegurados pela receita. Obviamente que a crise afetará as fontes de recursos no Brasil e em qualquer estado. Alguns investimentos importantes do setor privado em Minas, como, por exemplo, na área de celulose, já foram adiados oficialmente. Será muito importante o esforço de não gastarmos com supérfluo e de qualificarmos ainda mais as máquinas públicas em busca de maior eficiência.

4- Quais as ações serão mantidas mesmo diante de um cenário adverso?

O esforço de manutenção dos investimentos previstos pelo estado de Minas é um compromisso e vamos seguir cortando no supérfluo e evitando aumento do custeio da máquina. O planejamento que já era uma regra da nossa administração, agora se torna um imperativo. A partir do momento que definimos as nossas ações para 2009, pactuamos com cada área as metas a serem buscadas. Em 2008, atingimos mais de 90% das metas acordadas na saúde e na educação. Ano que vem, as metas foram definidas por equipe de trabalho. Cada escola de rede estadual, cada equipe do Programa Saúde da Família, cada unidade administrativa, tem uma meta de trabalho definida.

5- Há uma receita para administrar na crise?

Vou repetir uma frase que não é minha, mas que creio nela. Momentos de crise são momentos de oportunidades e aqueles que souberem avançar e se preparar neste momento poderão colher rapidamente os frutos no momento de superação. Os governadores não devem poupar esforços para garantir a manutenção dos investimentos previstos. Dessa forma, conseguiremos, em parte, atenuar as conseqüências do cancelamento ou adiamento de alguns investimentos privados, sobretudo a redução da oferta de emprego.

Quanto mais ágil for o governo, quanto mais mecanismos para suprir a ausência de crédito, que é o grande problema, menores serão os efeitos da crise. É hora de tomarmos as medidas preventivas necessárias sem alarmismo, mas com muita seriedade e com preocupação. Estamos conversando com as empresas, tentando criar canais junto ao governo federal, ao BNDES, para que as empresas mineiras possam obter o crédito necessário para a continuidade de suas atividades. É hora de muita cautela, muita seriedade por um lado, e de muita serenidade para administrarmos da melhor forma possível.